Julho

Seis meses se foram, seis folhinhas arrancadas do calendário, mas não antes de riscar os 181 dias. Meio ano se foi, meia vida, incontáveis segundos, intermináveis minutos e algumas horas. Passou. Foi como a semente levada pelo vento, o sol no fim da tarde, a noite no amanhecer.

Levou alegria, tristezas, lágrimas e risos. Enterrou pessoas, sentimentos, animais. Derrubou árvores, inundou casas. Levou o calor, o frio, sensações... Levou amores de uma vida inteira, passageiro, aventureiro, verdadeiro.

Há mais seis folhinhas que ainda não foram tiradas, dias que não foram riscados, horas, minuto e segundos que não foram vividos. Está chegando! O vento que levou, agora traz o sol, a noite, as estrelas, o dia...

Traz as alegrias e os risos e as tristezas e lágrimas que fazem parte da nossa jornada. Nascem bebês e filhotes, as sementes germinam. O calor e o frio voltam, a sensação que uma nova etapa da vida está surgindo reaparece. Traz amores verdadeiros e falsos, amores de passagem e aqueles que vão ficar.

Parece um circulo vicioso, mas é! É o ciclo da vida. Da morte. São as novas chances, oportunidades, desafios, derrotas e vitoias. Porque a vida não é feita só de coisas boas. É feito de gente. E gente erra, mas depois (torcemos) acerta.

Trouxe a vida! Agora é continuar a viver. Vivendo o hoje, fazendo um presente para um melhor futuro.